Eu leio, você lê
Coletiva –
observatorioclubedeautores@gmail.com
Quando se
escreve um livro, qual a primeira coisa que vem à cabeça? Vender milhares de
exemplares pode ser uma delas. Torna-se um escritor conhecido, outra. Uma
possível adaptação para o cinema, outra opção. E quando nada acontece?
Bem, se nada
acontece talvez seja hora de um plano B. E o modelo “I read, you read” pode ser
tal plano.
É
bem simples. Esqueça a venda de exemplares (pelo menos no começo) e preocupe-se
com pessoas interessadas na leitura do seu livro. Você, autor, deve ser o
responsável por divulgá-lo, pois não há outra forma para que seu trabalho seja
conhecido. Uma forma de se trabalhar é publicando no Bookess (http://www.bookess.com/ ), onde é possível
oferecer o e-book do seu livro
gratuitamente, pura cortesia. O e-book é idêntico ao livro original, e o leitor
pode comprar a versão impressa caso seu interesse pelo livro se mantenha. Ganha
o leitor (por não gastar dinheiro com algo que não lerá) e ganha o autor (pois o
leitor pode ler vários livros de uma mesma pessoa).
Cortesia
pode ser o primeiro passo para o sucesso.
Resumindo, o
processo constitui o que se chama de shared
reading (leitura compartilhada). É simples: você lê o livro de outra
pessoa, e a outra lê o seu ou, talvez de uma forma que exige mais confiança,
você compra o livro (em sua versão mais barata, e-book) de uma pessoa e ela
compra o seu. Isso garante não apenas a venda de alguns livros, mas a
construção de uma rede de confiança de leitura. Se o outro gostar do seu livro,
comprará os próximos. Se não gostar, você perderá muito pouco, ou, no caso de
trocas de cortesia, não perderá nada.
Em um mercado
como o nosso, onde a auto-publicação não é um bom investimento (mas, no caso de
novos autores, é o único meio possível), o número de tablets aumenta a cada dia e árvores não podem ser cortadas
indiscriminadamente, vender e-books por baixos preços ou dá-los de presente é
uma forma de auto-divulgação – que é algo indispensável para se vender livros.
Melhor ter
vinte leitores que nada pagaram, mas gostaram do seu livro, do que nenhum. E,
lembre-se, pior do que desistir no meio de uma caminhada é nem ter começado a
caminhar.
Sempre à disposição,